Denis Rodriguez e Leonardo Remor são artistas, curadores e pesquisadores. Refletem sobre o binômio Arte e Natureza em projetos que voltam seu olhar ao campo, à terra e à transmissão de conhecimento e tecnologias ancestrais de criadores populares e dos povos originários do Leste da América do Sul. Desde 2020 residem em Igatu, Chapada Diamantina, Bahia, onde fundaram o Mirante Xique-Xique, uma parainstituição que promove residências de pesquisa em diferentes áreas: meio ambiente, arquitetura, culinária e artes. Através de atividades culturais, intercâmbios e educação ambiental, a organização não governamental, sem fins lucrativos, tem como missão a salvaguarda do patrimônio arquitetônico e imaterial da região.
EXPOSIÇÕES RECENTES SELECIONADAS
2025 Salón ACME No. 12, Ciudad de Mexico, MX
2023 Coming Together is the Beginning, McColl Center, Charlotte, Estados Unidos
2022 37° Panorama da Arte Brasileira – Sob as Cinzas, Brasa, curadoria Claudinei Roberto da Silva, Vanessa Davidson, Cristiana Tejo e Cauê Alves, MAM Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo
2021 Fagulha Perdida em Meio ao Fogo, individual, OÁ Galeria, Vitória
2020 La Piedra Pregunta, La Tierra Responde. Diálogos sobre Arquitectura sin Rastro, individual, curadoria Amelie Aranguren e Cristiana Tejo, Casa do Brasil, Madri, Espanha
2019-2018 Aprendendo com o Barro, individual, Centro Cultural São Paulo, São Paulo
2018 Open Spaces, curadoria Dan Cameron, Belger Arts Center, Kansas City, EUA
2018 Continuum, curadoria Henrique Menezes, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre
2017 The Fountain that Crossed the Line, KCAI Crossroads Gallery, Kansas City, EUA
2017 Curucu no Parquet, curadoria Elaine Tedesco, Pinacoteca Barão de Santo Ângelo, Porto Alegre
2017 À Sombra da Cruz (Performing Christianity), curadoria Gala Berger, Casa W, Porto Alegre
RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS
2024 MASS MoCA, North Adams, Massachusetts, EUA
2024 Sitka Center for Art & Ecology, Otis, Oregon, EUA
2023 McColl Center, Charlotte, Carolina do Norte, EUA
2023 Bemis Center for Contemporary Arts, Omaha, Nebraska, EUA
2021 Entre Nós, Mosteiro Zen Morro da Vargem, Espírito Santo
2019 Nomad AIR, Oslo, Noruega
2019 INLAND – Campo Adentro, Madri, Espanha
CURADORIAS SELECIONADAS
2024 Agora eu ouço os sabiás, Valéria Scornaienchi, Galeria Arte & Memória, Igatu, Bahia
2023 Agora eu ouço os sabiás, Valéria Scornaienchi, galeria da FAV, Universidade Federal de Goiás
2023 Filmes do Barro, Sesc Sorocaba, São Paulo
2022 Na superfície silenciosa das formas, Alice Ricci, Oma Galeria, São Paulo
2022 Filmes do Barro, MAM Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo
2017 DES | COMPOSTOS, Claudia Paim e Dione Veiga Vieira, Galeria Península, Porto Alegre
2017 OTÁ ou lá onde a pedra não sabe que é estátua, Leandro Machado, Galeria Península, Porto Alegre
2016 Infiltração, Laurencia Strauss, Galeria Península, Porto Alegre
2014 D.O.S., Kaplan & Dal Verme (Bárbara Kaplan e Mariano Dal Verme), Galeria Península, Porto Alegre
2013 Horizonte à venda, exposição coletiva, Casa de Cultura Mario Quintana, Porto Alegre
PUBLICAÇÕES
2022 Catálogo do 37° Panorama da Arte Brasileira – Sob as Cinzas, Brasa (Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM SP)
2021 Entre Nós, org. Clara Sampaio
2020 KA’A, Arte é Natureza, org. Denis Rodriguez e Maria Amelia Bulhões
2018 Catálogo da II Mostra do 28° Programa de Exposições CCSP (Centro Cultural São Paulo), texto Camila Bechelany
2018 Kerexu Jera Poty, org. Claudia Zanatta, Denis Rodriguez e Leonardo Remor
2017 Não Sou Daqui, Nem Sou De Lá. Gestão, Curadoria e Residência Artística em Rede, org. Denis Rodriguez, Leonardo Remor e Mônica Hoff
2015 Práticas Contemporâneas do Mover-se, org. Michelle Sommer
2014 Corpo Presente, texto Márcio Pizarro Noronha
Como duo, nosso trabalho interroga fronteiras impostas visíveis e invisíveis, como a separação de natureza e cultura, de arte contemporânea e arte popular, de arquitetura moderna e arquitetura vernacular, de tecnologia e para-tecnologia, de artista e crítico, de curador e pesquisador, de autoria e colaboração. Divisões, binariedades que nos afastam de nossa integridade e da matriz complexa da vida, na qual forças contraditórias e complementares se revezam e se fundem. Atualmente, duas questões permeiam nosso trabalho, a primeira, materiais e materialidade e, a segunda, práticas artísticas/culturais e a produção de obras para o sistema da arte.
Nos últimos anos, a partir de imersões em diferentes contextos e territórios, e elegendo materiais dos mais diversos, mas principalmente o barro, tentamos expandir o conceito de sustentabilidade, para além da lógica do consumo e da produtividade – e em aliança com outros modos de vida. Desenvolvemos pesquisas e trabalhos que investem em uma mirada crítica à colonialidade (principalmente a acadêmica), exaltamos a sabedoria ancestral da relação do humano com a natureza, através de práticas artísticas que se asseguram no uso de materiais não nocisos a vida e que não produzam resíduos não recicláveis. Assim realizamos ações e diálogos que resultam em filmes, fotografias, objetos e instalações que se utilizam de metodologias, conceitos e reflexões vindos da Antropologia com o objetivo de questionar a etnografia ocidental que documenta, descreve ou narra uma prática cultural, apenas sistematizando, sem reconhecer esse conhecimento ancestral como alternativa sustentável ao mundo em colapso resultante das ideias de modernidade e progresso.
