CHUVA DE PRATA (FONTE MÓVEL), 2015 / Mobile fountain
carrinho de bar com pintura automotiva, recipiente de vidro, taças plásticas, bomba para fonte e água / bar trolley with automotive paint, glass tray, plastic flutes, fountain water jet and water
Jogos de Aproximação foi como nomeamos os encontros abertos ao público que ocorreram na Galeria Península entre julho e setembro de 2015. A vontade de pensar em voz alta, de conhecer melhor pesquisadores e artistas da cidade, de produzir relações e acontecimentos foi o que moveu este projeto. Acreditamos que é fundamental a existência de espaços que possibilitem fazer, pensar, trocar, discordar e compor. Com esta convicção, nos propomos a abrir as portas da galeria para ampliar e compartilhar essas vontades sempre que estivéssemos em ateliê. Cada artista-gestor da Península convidou um artista amigo para residir durante sessenta dias neste espaço. E todos trabalharam simultaneamente na produção de novas obras. Os participantes comprometeram-se a ficar em produção artística, mediando os visitantes e ocupando toda a estrutura física da galeria – sala expositiva, ateliês, mezanino e jardim.
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Sobre Chuva de Prata / about Mobile Fountain
A arquitetura das cidades é geralmente organizada como um local de passagem. Há escassos bancos nas áreas centrais, torneiras e bebedouros são infrequentes, pelo menos no Brasil. Não há lugar para parar e aproveitar – nem mesmo tempo para isso. Propomos que a água flua em diálogo com o concreto, com as ruas, avenidas e pessoas. Chuva de Prata é a representação de possíveis fontes móveis em espaços públicos e institucionais como maneira experimental de se refletir sobre a ocupação desses lugares com instalações efêmeras. Uma estratégia mais democrática que fomentaria um maior dinamismo na produção artística e a contínua renovação dos espaços públicos. Uma obra que rejeita os monumentos permanentes dedicados às oligarquias políticas e militares.